Nas últimas décadas, houve a
inserção de uma filosofia pedagógica na educação brasileira, que se arrasta até
hoje na confusão, na discordância e na teoria hipotética. Trata-se do conceito
de construtivismo educacional. Leia como
Fernando Becker, um especialista em educação, descreve esse método:
"Construtivismo
significa isto: a idéia de que nada, a rigor, está pronto, acabado, e de que,
especificamente, o conhecimento não é dado, em nenhuma instância, como algo
terminado. Ele se constitui pela interação do indivíduo com o meio físico e
social, com o simbolismo humano, com o mundo das relações sociais; e se
constitui por força de sua ação e não por qualquer dotação prévia, na bagagem
hereditária ou no meio, de tal modo que podemos afirmar que antes da ação não
há psiquismo nem consciência e, muito menos, pensamento."
O problema nessa história toda é o paradoxo entre
mundo teórico e mundo prático. Na escola, especificamente nas públicas, se deve
considerar tudo que o aluno fizer. Contexto!
Para que? O que importa é a hereditariedade, o “meio”. Tudo muito lindo
e democrático. Zero? Opa! Enlouqueceu
professor? Isso é coisa do passado, do tradicionalismo, da época da leiguice,
da época em que quem terminasse a quarta série primária, sabia ler, escrever e
todas as operações básicas de matemática.
Pois bem, o digníssimo ministro da Educação, Aloizio
Mercadante, e toda a equipe do MEC, perceberam através do ENEM o que os mestres
de sala de aula já vêm “gritando” há tempos. Que essa “conversa pra boi
dormir”, não passa de fantasia.
Irritaram-se
com as receitas de Miojo e exaltação do time do coração nas redações do ENEM.
Pronto! “_Não dá mais! Jogamos o país na
lama. Os alunos estão ousados, desmotivados. Sabem que passam sabendo ou não”.
Daí foram enfáticos, irredutíveis, enérgicos: _ Zero para eles, nas redações do
ENEM.
Afinal, nos concursos e nos vestibulares ele
nunca saiu de moda, não é mesmo Excelentíssimos? E agora, na sala de aula o zero também vai
valer Excelências? O miojo e o time de futebol não fazem parte do cotidiano?
Tão defendido na pedagogia. _Já sei! _Ufa!_ Entendi. Há coisas que só valem
para manter tudo como está. Ascensão profissional, intelectualidade, concursos
públicos, vestibular e cotas é outra realidade...
Autor: Mardone Vieira dos
Santos
WWW.mardonesantos.blogspot.com.br
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