sábado, 11 de maio de 2013

“NAVALHA NA CARNE” - MEC




Nas últimas décadas, houve a inserção de uma filosofia pedagógica na educação brasileira, que se arrasta até hoje na confusão, na discordância e na teoria hipotética. Trata-se do conceito de construtivismo educacional.  Leia como Fernando Becker, um especialista em educação, descreve esse método:
 
 "Construtivismo significa isto: a idéia de que nada, a rigor, está pronto, acabado, e de que, especificamente, o conhecimento não é dado, em nenhuma instância, como algo terminado. Ele se constitui pela interação do indivíduo com o meio físico e social, com o simbolismo humano, com o mundo das relações sociais; e se constitui por força de sua ação e não por qualquer dotação prévia, na bagagem hereditária ou no meio, de tal modo que podemos afirmar que antes da ação não há psiquismo nem consciência e, muito menos, pensamento."

O problema nessa história toda é o paradoxo entre mundo teórico e mundo prático. Na escola, especificamente nas públicas, se deve considerar tudo que o aluno fizer. Contexto!  Para que? O que importa é a hereditariedade, o “meio”. Tudo muito lindo e democrático. Zero?  Opa! Enlouqueceu professor? Isso é coisa do passado, do tradicionalismo, da época da leiguice, da época em que quem terminasse a quarta série primária, sabia ler, escrever e todas as operações básicas de matemática.

Pois bem, o digníssimo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e toda a equipe do MEC, perceberam através do ENEM o que os mestres de sala de aula já vêm “gritando” há tempos. Que essa “conversa pra boi dormir”, não passa de fantasia.
Irritaram-se com as receitas de Miojo e exaltação do time do coração nas redações do ENEM. Pronto!  “_Não dá mais! Jogamos o país na lama. Os alunos estão ousados, desmotivados. Sabem que passam sabendo ou não”. Daí foram enfáticos, irredutíveis, enérgicos: _ Zero para eles, nas redações do ENEM.

 Afinal, nos concursos e nos vestibulares ele nunca saiu de moda, não é mesmo Excelentíssimos?  E agora, na sala de aula o zero também vai valer Excelências? O miojo e o time de futebol não fazem parte do cotidiano? Tão defendido na pedagogia. _Já sei! _Ufa!_ Entendi. Há coisas que só valem para manter tudo como está. Ascensão profissional, intelectualidade, concursos públicos, vestibular e cotas é outra realidade...

Autor: Mardone Vieira dos Santos
WWW.mardonesantos.blogspot.com.br

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