As
mazelas, as quais os professores foram entregues nesse país vêm gradativamente
trazendo males a essa classe de profissionais. Os problemas relacionados à
desvalorização como um todo, já são bem conhecidos e, exaustivamente
reclamados. No entanto, um sério problema vem crescendo muito nesse segmento.
Segundo
uma pesquisa realizada pela Faculdade de Medicina da Bahia/Universidade Federal
da Bahia/2009. No Brasil havia uma média de 592.000 professores com sérios
problemas relacionas à voz. Aqui em Ariquemes, não é diferente, é relativamente
excessivo o número de professores em tratamento e/ou afastados de sala por tal
motivo.
Os
demais profissionais da voz como os cantores, por exemplo, fazem prevenções e
têm tempo para cuidar ou tratar as cordas vocais, antes do caos. Os professores
públicos são explorados com uma carga horária incompatível com sua necessidade
de planejamento, tanto de conteúdos e métodos pedagógicos, quanto para cuidar
de sua saúde, além, de não terem nenhum auxílio para esse fim.
Quando
se fala da extinção dessa profissão, principalmente, na esfera pública, não se
consiste apenas em murmurações, exageros, ou de apelos. Trata-se de uma
realidade, “nua e crua”. Se não extinta por desmotivação, desinteresse e
desprestígio, a opressão do próprio ofício se encarregará disso. Pois, a voz
está sendo mais exigida em sala do que o intelecto e, a didática. A
indisciplina dos alunos, amparados por lei, está calando os mestres,
canibalizando os cérebros e falindo a pátria, claro! Eles também são vitimas do
sistema que mata o discipulador e cega o discípulo.
Texto: Mardone Vieira dos Santos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário