Uma
feira onde seu maior produto não se compra, não se vende e não se doa é, uma
questão sentimental, emoções afloradas. A compra é apenas uma coadjuvante
diante do êxtase e, da perplexidade à contemplação dos títulos, dos estilos e
das classificações dos livros.
A
música de boa qualidade torna o evento ainda mais agradável, algo raro por
aqui! As apresentações teatrais nos emocionam, sobretudo traz à reflexão, o
quanto perdemos com esse “elefante branco” chamado Teatro Municipal, por não
sair do “projeto de gaveta”.
Presenciar
a euforia das crianças escolhendo seus livros conota-se que a essência
cognitiva e a sensibilidade estão impregnadas nas mentes, contudo, o que falta
é incentivo e valorização dos talentos.
“Um país se faz com
homens e livros” (Monteiro Lobato). Diante desse pensamento, é claramente
compreensível a história desse país, desde seu descobrimento à
contemporaneidade, no que se refere à desigualdade social e, indiscutivelmente
ao nível de senso crítico das “massas”. Ora! Livros, por mais básicos que sejam
ainda persiste em ser conceituados como privilégio ou de interesse dos intelectuais.
Se toda semana houvesse em cada canto desse país, eventos como esses, certamente,
o Brasil já estaria feito.
Texto:
Mardone Vieira dos Santos.
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