sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

MÚSICA SERTANEJA: DA POESIA “CAIPIRA” AO “BESTEROL” UNIVERSITÁRIO.


Homens e mulheres iletrados, no entanto, ricos em inspiração e sensibilidade. Gênios com as palavras compunham e/ou cantavam músicas com letras poéticas. Quem não se arrepia ao ouvir: Porta do Mundo, Rastro na Areia, Ando de Vagar, Meu Reino Encantado entre outras tantas que nos retrocede à infância, a outros momentos da vida ou nos projeta no futuro?
É indispensável, aqui, mencionar sobre as músicas que retratam os relacionamentos amorosos de forma romântica, respeitosa e também com sorrateiras pitadas de sensualidade, sutil, sem vulgaridade nem obscenidade. Exaltação da mulher na sua essência, Esplêndida como ela é.
Intrigante é compreender o Porquê do nome SERTANEJO UNIVERSITÁRIO após a degradação das letras musicais. Tantos feitos importantes no segmento cultural em geral, foram atribuídos aos universitários nos tempos mais difíceis do Regime Militar, músicas inteligentíssimas criticavam, conscientizavam e explodiam as paixões.
Hoje, denominam ritmo universitário às letras fúteis e vulgares, onde exaltam os modelos de automóveis e alcoolismo em detrimento às mulheres. Pior, as sílabas ou palavras insignificantes estão em alta: tchê, rê, tchan, Tain, berê... e por aí se vai!
Retomo o questionamento, por que universitário? Será que a banalização dos valores dizimou a criatividade? Será que nossos saudosos caipiras não deixaram nenhum legado a ser seguido?
Caipiras são inteligentes, universitários também. As mentes continuam férteis, as inteligências alcançaram maiores patamares, tanto que hoje a tecnologia chega quase a feitos transcendentais. Mas infelizmente a mídia capitalista sucumbe os verdadeiros artistas e lançam nas paradas de sucesso algo inconstante, vazio e descartável.
Junto com esse descarte vão os valores e a erudição e o mais grave, se vai à consciência. Restando aos saudosistas “o túnel do tempo”. Como se não bastasse essa “onda” no sertanejo, no The Voice Brasil, me aparece um “pááá.... Ufa! Uma luz no fim do túnel, ela foi desclassificada.
 Autor: Mardone Vieira dos Santos
 
 


 

 
 

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