Homens e mulheres iletrados, no
entanto, ricos em inspiração e sensibilidade. Gênios com as palavras compunham
e/ou cantavam músicas com letras poéticas. Quem não se arrepia ao ouvir: Porta
do Mundo, Rastro na Areia, Ando de Vagar, Meu Reino Encantado entre outras
tantas que nos retrocede à infância, a outros momentos da vida ou nos projeta no
futuro?
É indispensável, aqui, mencionar
sobre as músicas que retratam os relacionamentos amorosos de forma romântica,
respeitosa e também com sorrateiras pitadas de sensualidade, sutil, sem
vulgaridade nem obscenidade. Exaltação da mulher na sua essência, Esplêndida
como ela é.
Intrigante é compreender o
Porquê do nome SERTANEJO UNIVERSITÁRIO após a degradação das letras musicais.
Tantos feitos importantes no segmento cultural em geral, foram atribuídos aos
universitários nos tempos mais difíceis do Regime Militar, músicas
inteligentíssimas criticavam, conscientizavam e explodiam as paixões.
Hoje, denominam ritmo
universitário às letras fúteis e vulgares, onde exaltam os modelos de
automóveis e alcoolismo em detrimento às mulheres. Pior, as sílabas ou palavras
insignificantes estão em alta: tchê, rê, tchan, Tain, berê... e por aí se vai!
Retomo o questionamento, por que
universitário? Será que a banalização dos valores dizimou a criatividade? Será
que nossos saudosos caipiras não deixaram nenhum legado a ser seguido?
Caipiras são inteligentes,
universitários também. As mentes continuam férteis, as inteligências alcançaram
maiores patamares, tanto que hoje a tecnologia chega quase a feitos
transcendentais. Mas infelizmente a mídia capitalista sucumbe os verdadeiros
artistas e lançam nas paradas de sucesso algo inconstante, vazio e descartável.
Junto com esse descarte vão os
valores e a erudição e o mais grave, se vai à consciência. Restando aos
saudosistas “o túnel do tempo”. Como se não bastasse essa “onda” no sertanejo,
no The Voice Brasil, me aparece um
“pááá.... Ufa! Uma luz no fim do túnel, ela foi desclassificada.
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