Papai Noel: mascote rentável

O sol está escaldante, contudo, seu traje é único e invariável. Afinal, sua origem irredutível é rigorosamente objetiva. Seu encanto universal é clássico. Como pano de fundo, há uma encantadora sedução que atrai e abstrai, como uma brilhante larva de vagalume capturando sua presa estática diante de sua luz.

Porém, seu encanto apesar de estar associado às luzes, uma vez, que o sol é seu fundamento teísta, no entanto, seu maior atrativo são os presentes. Esta figura, estrategicamente oriundo de uma economia verticalmente universal, não ao acaso, gera cifras gigantescas às elites industriais e, a seus comercializadores. Naquela velha teoria “de grão em grão...”, o admirável “gado” segue a passos sincronizados rumo ao intento, dantes friamente calculado. 

Sua cor vibrante; seus amuletos agregados nada têm a ver com sua ”pseudorrepresentação”. Nem se quer, a data condiz com o nascimento do aniversariante, com base histórica, Mas o sistema é forte; a alienação contundente; o domínio é arraigado e hereditário. A ingenuidade de uma criança, que crê em sua existência física, se desfaz gradativamente. Cabe a cada ser buscar a compreensão do que lhe rodeia.  A sagacidade de uns mantém a incompreensão de outros e, assim, o mundo gira... gira....gira... Fazendo e desfazendo histórias crentes e descrentes em “Papai Noel”!

Autor: Mardone Vieira dos Santos.