sábado, 5 de setembro de 2015

Noite “Deprê”.



Noite “Deprê”.

Vejo as tintas jogadas aleatoriamente na tela, a fusão das cores se dá numa harmonia espantosa, minhas mãos agitadas, compulsivamente, buscam as proporções perfeitas desde o primeiro ao último plano. Quão grande, meu fascínio, ora pincelas; ora espalhadas com as mãos, no entanto, das tintas na tela surgem o retrato de minha imaginação.

Noite triste, “deprê total”, psicotrópicos; não! Melhor pintar minhas frustrações: Céu escuro em degradê, estrelas brilhantes sobre a perspectiva de uma janela, primeiro plano, galhos e cipós escuros em segundo plano, folhas retorcidas pelo vento. O preto, roxo e azul predominam na coloração tendo a cor cinza como pano de fundo.

Pronto! Noite escura fria e ventania está ali nas minhas mãos, tenho o domínio da tela, da mente, dos sonhos! As cortinas em movimento retratam a sensibilidade gelada de minha pele.... Que fascínio pintar. A noite se vai, literalmente, pois a noite imaginária a fez passar rapidamente. “EEEEE...” é mesmo assim!



Autor: Mardone Santos

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