Noite “Deprê”.
Vejo
as tintas jogadas aleatoriamente na tela, a fusão das cores se dá numa harmonia
espantosa, minhas mãos agitadas, compulsivamente, buscam as proporções
perfeitas desde o primeiro ao último plano. Quão grande, meu fascínio, ora pincelas;
ora espalhadas com as mãos, no entanto, das tintas na tela surgem o retrato de
minha imaginação.
Noite
triste, “deprê total”, psicotrópicos; não! Melhor pintar minhas frustrações:
Céu escuro em degradê, estrelas brilhantes sobre a perspectiva de uma janela,
primeiro plano, galhos e cipós escuros em segundo plano, folhas retorcidas pelo
vento. O preto, roxo e azul predominam na coloração tendo a cor cinza como pano
de fundo.
Pronto!
Noite escura fria e ventania está ali nas minhas mãos, tenho o domínio da tela,
da mente, dos sonhos! As cortinas em movimento retratam a sensibilidade gelada
de minha pele.... Que fascínio pintar. A noite se vai, literalmente, pois a
noite imaginária a fez passar rapidamente. “EEEEE...” é mesmo assim!
Autor:
Mardone Santos
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